Choro quando meu limite de sentir dor extravasa, quando minha
capacidade de suportar vai além das minhas forças, quando a
garganta sufoca com gritos e se fecha com muitos nós.
Digo que não vou chorar, mas choro, porque sou impotente
Digo que não vou chorar, mas choro, porque sou impotente
perante as dores do mundo, porque não consigo o ruim melhorar.
Choro para aliviar meu peito, para nos outros acreditar.
Choro porque às vezes me entrego e perco a garra para lutar.
Choro pelas saudades que não consigo matar.
Choro porque não me entendem e não me deixam explicar.
Digo que não vou chorar, mas choro, pelas injustiças que vejo,
Choro para aliviar meu peito, para nos outros acreditar.
Choro porque às vezes me entrego e perco a garra para lutar.
Choro pelas saudades que não consigo matar.
Choro porque não me entendem e não me deixam explicar.
Digo que não vou chorar, mas choro, pelas injustiças que vejo,
pelas dores de todos os peitos, pela fome, pelas guerras, pelas
doenças de nossa terra.
Digo então que não vou chorar, mas choro, por não concordar,
Digo então que não vou chorar, mas choro, por não concordar,
não aceitar, não me conformar, que algumas pessoas preferem
se odiar a se amar!"
Maria Knop
Maria Knop
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