sábado, 11 de junho de 2011

Um lugar para ficar...



Amo loucamente, desesperadamente, o meu amor e, amando assim desse jeito, me confundo, pois ai, já não sei se sou, nessa estranha relação, sujeito ou objeto. Fato é que o meu amor me confunde, pela propriedade da sua existência, pela maneira tresloucada que me pega e me deixa de tal modo transfigurado que não me reconheço... é por isso que amo o meu amor e, de amá-lo tanto assim, não sei, às vezes, o que devo fazer com ele. 

Se o ponho em alguma coisa, rapidamente cristaliza-se, se o escondo me sufoca, no sol ele derrete. Se o levo buscando esconderijos noite adentro, sou infeliz nesse intento. Como ocultar na noite esse amor que é luz? Assim, eu que amo tanto o meu amor, fico sem saber onde colocá-lo. Difícil imaginar um objeto que seja para ele receptáculo perfeito. 

Qual a grandeza capaz de expressar a dimensão do meu amor? Amo o meu amor por sua independência, ele abre seus próprios caminhos em meu peito pedindo que eu o siga e... Do meu amor e para o meu amor vou vivendo assim, entrelaçado nele e ele em mim.


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