quinta-feira, 19 de julho de 2012

Os amigos…


Os amigos não precisam estar ao lado para justificar a lealdade.
Mandar relatórios do que estão fazendo para mostrar preocupação.
Os amigos são para toda a vida, ainda q ñ estejam conosco a vida inteira.
Temos o costume d confundir amizade com onipresença e exigimos q as pessoas 
estejam sempre por perto, de plantão.
Amizade não é dependência, submissão. Não se têm amigos para concordar na
 íntegra, mas para revisar os rascunhos e duvidar da letra.
É independência, é respeito, é pedir uma opinião q ñ seja igual, uma experiência 
diferente. Se o amigo desaparece por semanas, imediatamente se conclui q ele 
ficou chateado por alguma coisa.

Diante de ausências mais longas e severas, cobramos telefonemas e visitas.
E já se está falando mal dele por falta de notícias. Logo dele que nunca fez nada 
de errado! O que é mais importante: a proximidade física ou afetiva?
A proximidade física nem sempre é afetiva.
Amigo pode ser um álibi ou cúmplice ou um bajulador ou um oportunista, 
ambicionando interesses q não o da simples troca e convívio.
Amigo mesmo demora a ser descoberto. É a permanência de seus conselhos 
e apoio que dirão de sua perenidade.

Amigo mesmo modifica a nossa história, chega a nos combater pela verdade e discernimento, supera condicionamentos e conluios. São capazes de brigar com 
a gente pelo nosso bem-estar. Assim como há os amigos imaginários da infância, 
há os amigos invisíveis na maturidade. Aqueles q ñ estão perto podem estar dentro.
Tenho amigos q nunca mais vi, q nunca mais recebi novidades e os valorizo com o 
frescor de um encontro recente.

Não vou mentir a eles ¿vamos nos ligar?¿ num esbarrão de rua. Muito menos dar 
desculpas esfarrapadas ao distanciamento.Eles me ajudaram e não necessitam 
atualizar o cadastro para que sejam lembrados. Ou passar em casa todo o final de 
semana e me convidar para ser padrinho de casamento, dos filhos, dos netos, dos 
bisnetos.Caso encontrá-los, haverá a empatia da primeira vez, a empatia da última 
vez, a empatia incessante de identificação.

Amigos me salvaram da fossa, amigos me salvaram das drogas, amigos me 
salvaram da inveja, amigos me salvaram da precipitação, amigos me salvaram das 
brigas, amigos me salvaram de mim. Os amigos são próprios de fases: da rua, do 
Ensino Fundamental, do Ensino Médio, da faculdade, do futebol, da poesia, do 
emprego, da dança, dos cursos de inglês, da capoeira, da academia, do blog. 
Significativos em cada etapa de formação.

Não estão em nossa frente diariamente, mas estão em nossa personalidade, 
determinando, de modo imperceptível, as nossas atitudes.
Quantas juras foram feitas em bares a amigos, bêbados e trôpegos?
Amigo é o que fica depois da ressaca.É glicose no sangue. A serenidade.
Carpinejar.



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