sexta-feira, 8 de junho de 2012

Olhar com liberdade

                       A mente inquieta não trabalha a nosso favor

Quando condenamos ou justificamos não podemos ver claramente, 
pois nesse momento nossas mentes estão tagarelando sem parar. 
Dessa forma, não observamos o que é, apenas vemos as projeções 
que nós mesmos fizemos. Passamos pelo mundo sem ao menos viver 
a vida. E o que é a vida?   Eu sou vida! Você é vida!     Como podemos 
vivê-la se nossas mentes não estão livres?   Livres de amarras, livre 
de opiniões, julgamentos e valores. Concordamos e discordamos o 
tempo todo,  disputando por simples  palavras em   uma eterna 
competição de egos e poderes.

Não há outra saída a não ser querer observar o próprio movimento de 
sua mente e coração e agir de acordo. Acompanhar esse movimento 
com a intenção de compreender o projeto de cada ser e tentar viver 
o que está sendo observado, conhecendo o seu conteúdo, 
sua natureza e sua estrutura.

Para compreender qualquer coisa no mundo, você deve viver com ela! 
E para compreender o mundo,   as pessoas,   temos que viver primeiro 
com nós mesmos.   Não somos estáticos,   e sim vivos,    estamos em 
movimento. Somos a própria vida sendo vivida.

Corremos por aí sem ao menos olharmos nos olhos uns dos outros, em 
uma busca incontrolável de coisas e pertences que nem sabemos ao 
certo por que e para que servirão em nossas vidas. Esquecemos de 
conhecer profundamente o que olhamos, porque olhamos sem ver. 
Vemos sem enxergar. E só observando poderemos viver o saber e 
a importância de cada ser e de cada situação em nossas vidas.

Olhar simplesmente e observar...

Construímos uma imagem do que pensamos que somos ou deveríamos 
ser,   e essa imagem nos impede de ver como somos realmente.   Por 
nossas mentes serem muito complexas,  perdemos a qualidade da 
simplicidade. A simplicidade de poder olhar diretamente para as coisas, 
sem medo. De poder olhar para nós mesmos e nos ver como de fato 
somos, sem qualquer distorção.

Quando observarmos que aprendemos desde crianças a ser feixes de 
memórias, ideias, experiências e tradições, veremos que paramos de 
aprender sobre nós mesmos.

No momento em que você chega a uma conclusão ou começa a examinar 
a partir do conhecimento da memória, do aprendizado da infância, está 
acabado, porque você está traduzindo toda coisa nova em termos do 
antigo, está se baseando apenas no conhecido, e não no observado, ao 
passo que, se você ñ tiver base, se não houver certeza, nem realização, 
haverá liberdade para olhar,     para realizar.      E quando você olha com 
liberdade é sempre novo. E o novo é pura motivação para o seu melhor 
aparecer!

Por Liliane Moura Martins


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